Como o Brasil pode ser uma potência em energia solar? Vamos conversar sobre isso e sobre o quanto podemos ganhar com essa energia limpa e segura em nosso país.

O ano de 2012 representou um marco para a energia solar no Brasil. Nele, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) regulamentou o uso da energia solar em nosso país, permitindo a instalação de sistemas nos mais diversos imóveis. Isso sem contar no maior benefício que poderíamos ter como nação: a ampliação da nossa matriz energética e abertura para essa produção de energia renovável e limpa.

À época da regulamentação, a produção solar no Brasil totalizava apenas 7MW de potência em geração distribuída. Já hoje, quase dez anos depois, contabilizamos 175.092 MW de potência instalada em energia solar.

Os dados e os telhados brasileiros comprovam: o brasileiro pretende aproveitar ao máximo a energia solar. As razões são simples: o investimento possui um excelente retorno e é duradouro, as novas gerações buscam cada vez mais cumprirem com a sua responsabilidade social sendo sustentável e, é claro, com o aumento das tarifas, o desejo pela independência energética é uma verdade.

Para além das vantagens práticas, nossa localização geográfica é privilegiada. O índice de irradiação solar, indispensável para a geração dessa energia, é altíssimo no Brasil. Os números da irradiação aqui superam os de países que são grandes investidores na tecnologia solar, como a Alemanha, a Espanha e a França.

Energia solar em números

Os dados esclarecem o crescimento da energia solar no Brasil nos últimos anos. De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), desde a regulamentação de 2012, que permitiu o intercâmbio de produções particulares com a rede elétrica, há um crescimento de 300% ao ano no mercado solar brasileiro.

Atualmente, a maior parte dos sistemas solares fotovoltaicos está instalada em residências e nas regiões Sul e Sudeste do país. Entretanto, o Nordeste é uma região que possui um excelente potencial de irradiação solar, podendo ser aproveitado ao máximo.

As instalações residenciais somam 72% dos sistemas fotovoltaicos aqui, enquanto comércios e serviços contabilizam aproximadamente 18% do montante. Já as regiões rurais totalizam 6% das instalações em média.

No entanto, com a popularização dessa geração nos últimos anos, a tendência é de uma grande ampliação nas regiões urbanas e em imóveis domésticos. Essa mudança pode ser bastante significativa para as metas de produção que a nossa matriz energética está comprometida a bater. Vamos entender como abaixo.

A matriz energética e a energia solar

Apesar dos números anteriores serem muito positivos para esse mercado tão recente, ele corresponde apenas a 1,7% de toda a matriz energética brasileira, com 175.092 MW de potência instalada até abril de 2021. Esse montante é muito pouco para a quantidade de potencial que a localização geográfica do Brasil oferece.

Por outro lado, o crescimento é inegável e contínuo. No ano de 2016, alcançamos a 16ª colocação no ranking mundial de produção fotovoltaica. Se seguirmos nessa direção, a certeza é a de um futuro muito mais abastecido, econômico e sustentável.

Acima da energia solar, a nossa matriz energética conta com outros tipos de produção limpos, não-limpos e outros que parecem sustentáveis, mas não o são. A energia hídrica, por exemplo, aparenta sustentabilidade, mas destrói grandes áreas de florestas e altera inúmeros ecossistemas para produzir.

Em contrapartida, a energia solar fotovoltaica é segura e pode ser produzida no telhado de sua residência sem prejudicar a ninguém, além de ser uma grande aliada para o seu bolso. Com tantas vantagens, muitos estados brasileiros já estão se movimentando para incentivar essa produção em pequenas e médias propriedades.

A produção nos estados brasileiros

Quanto mais a produção de energia fotovoltaica no Brasil cresce, mais os estados notam a importância de fomentar essa energia. O estado de Minas Gerais, por exemplo, foi o primeiro a isentar o ICMS para a instalação de sistemas fotovoltaicos.

Os incentivos, é claro, trazem resultados muito positivos para o estado, já que Minas Gerais é o estado com uma das maiores capacidades de potência instalada. Segundo dados da ABSOLAR de abril de 2021, o estado sozinho acumula 938 MW de potência, o correspondente a 18% do território nacional.

Seguido por Minas Gerais, temos o Rio Grande do Sul com 652,9 MW de potência instalada, São Paulo com 646 MW e o Mato Grosso com 379,2 MW. é interessante notar que os 3 primeiros estados correspondem às regiões de maior produção no país, mas não necessariamente a com o maior potencial em irradiação solar. Esse dado só comprova que, mesmo nas regiões com um número menor de irradiação solar, é possível obter ótimos resultados.

Vale ressaltar que todos os estados mencionados anteriormente isentam o ICMS na aquisição de equipamentos que compõem sistemas solares fotovoltaicos. O incentivo é parte de um retorno muito positivo para o mercado regional.

Quanto aos municípios mais produtores, temos Brasília (DF) liderando a posição com 66 MW de potência instalada, seguida por Cuiabá (MT) com 65,3 MW, Uberlândia (MG) com 54,9 MW, Rio de Janeiro (RJ) com 51,3 MW e Teresina (PI) com 51,2 MW. São excelentes números que demonstram como a produção solar não depende necessariamente de um grande território para extrair o máximo de sua produção, mas de uma boa irradiação, sistemas adequados e incentivos fiscais.

O Brasil e o Mundo

Um fator motivador para a energia solar no Brasil é, também, o cumprimento de metas firmadas em acordos internacionais. No ano de 2015, o país entrou como signatário da COP 21, que estabelece compromissos globais com a sustentabilidade.

O acordo pretende aumentar o uso de energias geradas por fontes renováveis até o ano de 2030. No caso brasileiro, a meta é atingir 23% da matriz energética composta por fontes limpas, incluindo o aumento da produção doméstica delas.

No cenário global, apesar de termos a energia fotovoltaica inserida de maneira tardia em nossa realidade, ocupamos o 9º lugar entre os países que mais instalaram sistemas solares em 2020. É muita energia a ser produzida e uma grande chance de um futuro com menores emissões de carbono e maiores cuidados com o meio ambiente.

Mais do que isso, a visibilidade que esses números oferecem amplia as trocas com países precursores dessa energia e aumenta o nosso mercado, juntamente com a prevista entrada do setor industrial fotovoltaico no Brasil e maior geração de empregos.

Empregabilidade e energia solar

Com o mercado aquecido, a empregabilidade na área segue em alta tanto nos setores de instalação, como no de vendas e treinamentos para técnicos. Mas não para por aí! A expectativa é de que a indústria aumente mais ainda, com produção de painéis e conversores em território nacional. Assim, ainda há muito campo para ser explorado, desde a fabricação de peças até a instalação de sistemas.

De acordo com os dados da ABSOLAR, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, criada em 2013, o setor de energia solar gerou cerca de 130 mil novos empregos entre 2012 e 2019 no Brasil. São mais de 100 mil postos de trabalho novos no mercado de trabalho por conta de uma energia sustentável e infinita, que está cada vez mais acessível e desejada.

Dados atualizados apontam que, até abril de 2021, foram criados mais de 230 mil empregos nesse mercado, que só tem previsões de crescimento e fortalecimento. É uma tecnologia que, certamente, chegou para ficar e para mudar a vida de muitos brasileiros, desde o consumidor até o técnico.

O perfil do consumidor brasileiro

Com tantas vantagens, é tentador e atualmente possível pensar em investir na geração fotovoltaica, ainda mais com os preços dos sistemas caindo e o da conta de luz subindo exponencialmente. Entretanto, pela falta de informação e de vontade de fazer investimentos duradouros dos próprios brasileiros, muitas vezes a energia solar não é uma prioridade para esse consumidor.

O alto desejo de bens de consumo como automóveis e itens de luxo, afastam o consumidor da realização do investimento em sistemas solares. É muito comum encontrar pessoas que preferiram comprar um novo carro do que investirem em um sistema fotovoltaico eficiente.

Por outro lado, o inverso também ocorre com pessoas que sentem a diferença logo após os primeiros meses de instalação do seu sistema e acabam garantindo um investimento de médio prazo para a família. O retorno sobre o investimento no setor fotovoltaico é de, em média, 5 anos, enquanto o tempo de vida do sistema pode chegar até 25 anos ou mais.

As inovações tecnológicas já estão programando o prolongamento do tempo de duração dos sistemas e abaixando os preços dos seus itens. Com isso, a possibilidade de aumentar ainda mais o lucro sobre o investimento é alta e já é comprovado que a energia solar fotovoltaica pode render mais do que diversas aplicações financeiras bancárias.

O saldo positivo para o Brasil

O legado da energia solar fotovoltaica é permanente e a longa duração dos componentes de seu sistema não somente incentivam a sua aquisição, mas mostram que temos uma longa jornada de produção fotovoltaica no Brasil pela frente, ainda mais com o número de novos sistemas.

Desde a sua regulamentação em 2012 pela ANEEL, mais de 8,3 milhões de toneladas de gás carbônico foram evitadas graças ao uso da energia solar fotovoltaica. Além disso, temos um saldo de mais de R$ 44 bilhões em novos investimentos privados no setor e mais de R$ 12,1 bilhões em arrecadação de tributos.

O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia reconhece esse potencial e acredita no futuro próspero do mercado solar. “Desde o primeiro leilão federal realizado em 2014, o setor solar fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 10 bilhões em novos investimentos privados e dezenas de milhares de empregos locais de qualidade. O Brasil tem um dos melhores recursos solares do mundo e estamos apenas começando a aproveitá-lo”, afirma em entrevista ao portal da ABSOLAR.

Além disso, o especialista ainda salienta a existência de 73 projetos em operação contratados por leilões de energia elétrica do Governo Federal. Tais projetos têm a finalidade de produzir uma geração de energia solar fotovoltaica centralizada para os próximos anos em nosso país.

A queda dos preços das fontes fotovoltaicas em leilões nos últimos anos também são um indicativo de fomento ao setor e de sua competitividade. Entre os anos de 2013 e 2019, o preço médio nos leilões caiu de R$ 103,00 para R$ 20,33, ou seja, caiu em torno de 80%.

O que pode melhorar

Para realmente cumprir com tudo o que o mercado desse setor é capaz, algumas ações de incentivo governamentais são necessárias. Entre elas, podemos citar a aquisição de sistemas solares com o uso do FGTS, assunto sobre o qual você pode ler mais aqui.

Para além disso, a isenção do ICMS, a diminuição dos tributos, os leilões federais e redes de crédito também são alternativas que viriam a encorajar os consumidores deste mercado. Somado aos incentivos, é necessária a divulgação científica das inovações tecnológicas no ramo da geração fotovoltaica.

Existem muitos investidores, empreendedores e pequenos proprietários deixando de investir nesse setor e de lucrar com ele por conta da falta de informação sobre o acesso, a aquisição e os retornos. São consumidores vítimas das bandeiras vermelhas nas contas de energia e que poderiam estar corroborando para uma produção lucrativa, renovável e segura.

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